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sábado, 26 de abril de 2014

A ascensão e queda da “bola de neve suja”

Uma das tarefas necessárias para popularizar a Teosofia é interligar os seus conceitos com as novas descobertas científicas. Para isso, há que dominar uma e outra coisa com certo à vontade. Infelizmente no meio teosófico não abunda quem possua estas qualidades combinadas. Mas ainda assim há quem se esforce por fazer a referida interligação contribuindo para a atualização das referências científicas que constam por exemplo de “A Doutrina Secreta”. São exemplos disso, Nicholas Weeks, que nos fóruns de discussão de Teosofia já colocou diversas referências do género; David Pratt que no seu excelente site Exploring Theosophy tem vários artigos bastante elaborados sobre Teosofia e Ciência e Odin Townley que no seu blog Theosophy Watch coloca amiúde artigos acompanhados de links e videos sobre investigação científica. 


Dara Eklund e Nicholas Weeks
(foto: Theosophy Forward)

É desse blog que extraímos o texto que hoje disponibilizamos no Lua em Escorpião. “Bola de neve suja” é sinónimo de cometa.

Em português, destaque para os artigos de Liliana Ferreira em vários números da revista  Biosofia.

Uma advertência contudo para alguns gurus e facilitadores, que quando começam a falar de física quântica e teoria das cordas é palavra-senha para fugir a sete pés. Normalmente, não fazem a mínima ideia do que estão a falar e apenas pretendem dar algum ar de cientificidade às noções erradas que muitas vezes transmitem.

Avancemos então para o artigo de Townley.

A principal contestação teosófica às teorias consensuais da ciência moderna tem lugar nos temas da evolução, da Física, do espaço, da matéria e da consciência.

Diz o ocultismo que a luz é uma substância, que o espaço não é um vácuo, que a matéria é consciência, que a gravidade é uma lei menor, que não evoluímos dos animais e que o átomo é infinitamente divisível (& etc…).

A infinita divisibilidade do átomo, discutida por H.P. Blavatsky em “A Doutrina Secreta” (vol. II, p.231 da edição em português), foi finalmente aceite na viragem para o século XX. Juntando perplexidade às suas críticas ela acrescenta que contudo, o átomo “pertence totalmente ao domínio da Metafísica.”




“É uma abstração convertida em realidade (ao menos para a ciência física); e estritamente falando, nada tem a ver com a Física” (op.cit, p.225).

Mas talvez a ideia mais provocadora de todas, e a promovida mais vigorosamente pela Teosofia, é a sustentação elétrica do universo. Os cosmólogos continuam agarrados com unhas e dentes à gravidade – mas felizmente isto está a mudar, graças ao UE (universo elétrico).

A teoria da gravidade permanece como a hipótese cosmológica predominante hoje em dia. A eletricidade é por vezes levada em conta mas os seus efeitos são habitualmente minimizados, conforme salientam os proponentes do  universo elétrico.


Campo de plasma ou gás quente?


Esta divergência é explorada no artigo Electric charge vs Hot Gas [versão em castelhano, aqui] disponibilizado este mês pelo Thunderbolts Project, um website da nova ciência do Universo Elétrico. As massas em movimento e o calor referidos por Einstein são ainda hoje os únicos fatores a quem é permitido operar no universo.

A carga elétrica é por vezes tomada em conta, mas o seu efeito é habitualmente negligenciável, se é que tem algum efeito, dizem os cientistas do UE.

Em artigos anteriores da Imagem do Dia, tinha-se observado que partículas carregadas que fluem desde as estrelas como o Sol são ainda chamadas de “vento” em vez de chamá-las correntes elétricas e magnéticas, o que suporta apenas a teoria da gravidade. A verdadeira substância é aquilo que a Sra. Blavatsky se refere como flogisto (que é hoje chamado de plasma), ou “matéria radiante” – também chamado o “quarto estado” da matéria.

Para além da gravidade




Fé cega

“A ciência não deve ter desejos nem preconceitos. A verdade deveria ser o seu único objetivo”, Sir William Robert Grove

Muitas das “leis” de ciência oculta foram “postas de lado…e deitadas de forma nada cerimoniosa no monte de lixo das teorias desacreditadas.”, queixou-se a Sra. Blavatsky.

E observa: “ gravitação – o princípio em função do qual todos os corpos se atraem entre si, na razão direta das massas e na inversa do quadrado das distâncias que os separam – subsiste ainda hoje e reina, soberana, nas supostas ondas etéreas do Espaço.”

Como uma hipótese, a gravidade tem sido ameaçada de morte “porque não lograva abranger todos os fatos que se apresentavam”, escreveu Blavatsky: “Como lei física, é a Rainha” – e – “”é quase uma blasfémia…um insulto à respeitosa memória de Newton o pô-la em dúvida”… - exclama um crítico americano de Ísis sem Véu.”




“Muito bem; mas, quem é, afinal de contas, esse Deus invisível e intangível, em que devemos crer com uma fé cega?”, pergunta ela. “Astrónomos, que veem na gravitação uma solução fácil e cómoda para tantas coisas, e uma força universal que lhes permite calcular movimentos planetários, preocupam-se muito pouco com a Causa da Atração.”

“Dizem que a gravidade é uma lei, uma causa em si mesma. Nós qualificamos de efeitos as forças que atuam sob esse nome, e até de efeitos bem secundários.” [vol II, p.200]

“A Ciência é como a mulher de César, não deve ser objeto de suspeita; é evidente. Mas é permitido criticá-la, respeitosamente; e em todo o caso, pode-se recordar-lhe que a “maçã” é uma fruta perigosa.”


Adão e Eva


“Pela segunda vez na história da humanidade, pode tornar-se a causa da QUEDA – e já agora, da queda da Ciência “exata”, exclamou Blavatsky:

“Um cometa, cuja cauda desafia a lei da gravidade nas barbas do próprio Sol, dificilmente pode ser considerado submisso a essa lei.”



“A gravitação é uma lei a que nada pode sobrelevar, mas que, não obstante, se deixa vencer, no tempo devido ou fora de tempo, pelos corpos celestes ou terrestres mais ordinários – como, por exemplo, as caudas de cometas impertinentes.” (vol. II, p, 505).

Que devemos o Universo à Santa Trindade Criadora: Matéria Inerte, Força Inconsciente e Acaso Cego. Da verdadeira essência e natureza de qualquer um destes três fatores, nada sabe a Ciência…”


O Cometa Elétrico


“ A perspetiva convencional é que os cometas são pedaços inertes de gelo e poeira, ou “bolas de neve sujas” evaporando-se com o calor do Sol.”

“A perspetiva alternativa é que os cometas descarregam eletricamente conforme se movimentam através de um campo radial elétrico do Sol. Um meio termo entre estas duas perspetivas parece impossível…”


[The Thunderbolts Project]


“Acreditamos que esta análise crítica da teoria dos cometas que aparece nos manuais pode ter um grande impacto na compreensão humana em relação a estes corpos extraordinários. Ele também pode ir além da ciência especializada em cometas e provocar uma reconsideração sobre o Sol, a história planetárias e muito mais. Nós vivemos no Universo Elétrico, e o comportamento enigmático dos cometas fornece insights únicos sobre o papel das partículas carregadas e do plasma eletrificado por todo o Cosmos.”




A antecipação de Blavatsky


“…a extrema tenuidade da massa de um cometa é também demonstrada pelo fenómeno que apresenta a sua cauda, a qual, à medida que o cometa se aproxima do Sol, se projeta por vezes a uma extensão de 90 milhões de milhas, em poucas horas. O que há de notável, É QUE A CAUDA SE PROJETA EM SENTIDO CONTRÁRIO À GRAVIDADE, por alguma força impulsiva, provavelmente elétrica; tanto assim que a causa sempre se afasta do Sol (!!!).” [vol. II, p. 216]


Sir William Robert Grove

1 comentário:

  1. É claro, que a matéria física é para sempre divisível. Depois do bóson de Higgs saberão que ele é formado por partículas ainda menores e assim por diante.
    Quanto a Eletricidade, mesmo o bóson de Higgs sendo neutro, ele é formado por cargas positivas e negativas de suas partículas constituintes, e assim cada vez menor prosseguindo a divisão.
    A causa da gravidade comum é óbvia, e não precisa ser um físico doutor para descobrir: é a Eletricidade, que por seu magnetismo de atração de seus polos contrários, se atraem.
    A estrutura atômica de prótons, elétrons e nêutrons se repete indefinidamente: os prótons têm os seus, os elétrons têm os seus, os nêutrons têm os seus, os quarks têm os seus e o bóson de Higgs têm os seus. São apenas diferentes em forma e tamanho e com nomes também diferentes!

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