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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

HPB


Helena Petrovna Blavatsky nasceu a 12 de Agosto de 1831 na actual Dnepropetrovsk, cidade do interior da Ucrânia, que então se chamava de Ekaterinoslav. Helena era filha de Peter von Hahn, militar e de Helena Andreyevna Fadeyef, escritora que assinava com o pseudónimo Zenaida B-va, ambos provenientes de estratos sociais elevados. Enquanto nova, Helena já demonstrava o seu temperamento muito particular, evidenciando forte rebeldia e um espírito muito curioso. Episódios inexplicáveis do ponto de vista da ciência convencional começaram já na sua infância.
Até 1873, ano em que chega a Nova Iorque, há considerável especulação sobre a vida de Helena. Existem apenas testemunhos da própria, de alguns familiares e de personagens que interagiram com ela nesse período, mas é difícil de estabelecer consensos, até porque Helena nunca quis descortinar completamente alguns eventos ocorridos neste período. Existem por exemplo relatos dissonantes relativamente à data em que teve o primeiro encontro com o seu Mestre (confrontem-se os livros “Incidentes na vida de Madame Blavatsky”, de A.P. Sinnett e “Reminiscências de HPB da Doutrina Secreta”, da Condessa Constance Wachtmeister). Depois de muitas viagens a sítios tão diversos como a Turquia, Egipto, Canadá, EUA, parte da América Latina, Inglaterra e outros países da Europa, HPB esteve no Tibete a ser treinada pelos Mahatmas, uma deslocação já tentada anteriormente mas sem sucesso. De “regresso ao mundo”, Helena começa a fazer as primeiras tentativas de transmitir os seus conhecimentos à humanidade. A primeira dessas tentativas é um rotundo falhanço. A criação de uma sociedade espírita no Cairo, para que Helena pudesse atrair algum interesse e para que posteriormente pudesse dar uma explicação alternativa para esses fenómenos falha, por terem sido contratadas mediums fraudulentas. Pouco tempo depois ruma aos EUA, onde irá travar conhecimento com o Cel. Henry Steel Olcott, no decurso de uma visita a uma casa conhecida por ser palco de fenómenos associados a espiritismo.
A 7 de Setembro de 1875 é lançada a semente do que viria a ser Sociedade Teosófica (ST), ideia que se concretizaria a 17 de Novembro do mesmo ano. A declaração de objectivos da entidade ficou assim definida:

      1. Formar um núcleo de fraternidade universal para a humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor.
      2. Encorajar o estudo comparativo das religiões, das filosofias e das ciências.
        3Investigar as leis inexplicadas da natureza e os poderes latentes da humanidade.

Em Setembro de 1877, HPB publica a sua primeira grande obra “Isis sem Véu” (traduzida no Brasil para português em 4 volumes, pela editora Pensamento) e algum tempo depois dirige-se à Índia onde estabelecerá a sede principal da ST em Adyar (na cidade de Chennai, então chamada de Madras), na costa oriental daquele país. Aí HPB irá travar conhecimento com Alfred Percival Sinnett, um jornalista britânico, que acabaria por trocar correspondência com os Mestres, o que daria origem a obras populares na literatura teosófica (“O Mundo Oculto” e “BudismoEsotérico”). Em 1884, inicia-se um processo que iria desgastar fortemente a imagem de HPB, espoletado pelo casal Coulomb que trabalhava para a ST e que serviria de pretexto para uma investigação por parte da Sociedade de Pesquisa Psíquica (SPP). Os Coulomb denunciavam HPB, acusando-a de fraude. A 31 de Dezembro de 1885, Blavatsky toma conhecimento das conclusões do investigador, o australiano Richard Hodgson. Na introdução ao relatório o Comité da SPP, descreve HPB como “uma das mais bem sucedidas, engenhosas e interessantes impostoras da história”. Em 1986, praticamente 100 anos depois, a SPP reconheceu falhas na investigação e anulou esse ónus que pesava sobre HPB, muitas vezes citada em enciclopédias e artigos de jornal, como uma charlatã, à conta do relatório da SPP. Regressada à Europa, HPB produzirá aí a sua magnum opus, “A Doutrina Secreta”, obra central da teosofia, publicada no último trimestre de 1888. Escreveria ainda “A Chave para a Teosofia”, livro que ainda hoje é uma excelente introdução à filosofia esotérica e “A Voz do Silêncio”, que é na minha opinião, o livro mais espantoso que já li. Iniciaria ainda o “Glossário Teosófico”.
Com a saúde muitas vezes debilitada – HPB esteve à portas da morte mais do que uma vez – vem a falecer em Londres a 8 de Maio de 1891, na sequência de um surto de gripe.
A vida de HPB é demasiado rica e importante e qualquer resumo parece sempre muito imperfeito. O melhor mesmo é ler as biografias existentes de HPB. Falarei sobre algumas delas em próximos posts.
HPB é para mim, uma das principais figuras do século XIX. O seu valor não foi reconhecido na altura e ainda hoje continua por ser feita maior justiça com esta mensageira das verdades eternas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Teosofia, o que é?

É Sabedoria divina (Theosophia) ou Sabedoria dos deuses, cuja origem do nome vem dos filósofos alexandrinos, conhecidos como os amantes da verdade (Filaleteus). O nome "Teosofia" data do terceiro século da nossa era, e foi introduzido por Amónio Saccas e seus discípulos, os quais iniciaram o sistema Teosófico Ecléctico.
O objectivo deste sistema é inculcar certas grandes verdades morais nos seus discípulos, em todos aqueles que fossem "amantes da verdade". Daí o lema adoptado pela Sociedade Teosófica: "Não há Religião Superior à Verdade". O objectivo principal dos fundadores da Escola Teosófica Ecléctica era um dos três objectivos da sua sucessora moderna, a Sociedade Teosófica, ou seja, reconciliar todas as religiões, seitas e nações sob um sistema de ética comum, baseado em verdades eternas.

Estas frases são uma adaptação quase ipsis verbis de parte das páginas 15 e 16 da edição em português da obra de H.P. Blavatsky, A Chave para a Teosofia. Para aceder à versão em inglês, clique aqui.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11-11-11

Não poderia, no dia de inauguração deste blog deixar de fazer uma referência ao número onze.

"11 – É símbolo de excesso, de desmedida, anunciando um conflito virtual (dialéctica entre os arcanos da “Força e Justiça”). Tanto pode indicar o começo de um estado renovado, como apresentar-se como uma ruptura e uma deterioração, uma desordem, uma doença ou uma falha.
O 11 é o número da revelação, da renovação, da revolução, da colaboração, originalidade, exotismo, inspiração, intuição, paranormalidade, idealismo, androginia, ausência de rótulos, extravagância, vanguardismo, modernidade, fanatismo versus iluminação." (Luís Resina)

Podem ler mais aqui.

Lua em Escorpião

"A Lua [em Escorpião] é muitas vezes considerada como estando severamente debilitada em Escorpião, mas eu inclino-me para não concordar com esta opinião. Uma Lua em Escorpião pode ser difícil de entender para os outros, mas ao menos está em contacto com os seus próprios sentimentos. Certamente não é uma Lua inclinada a reprimir emoções" (Robert Hand, Horoscope Symbols, p.230)

"O lado psíquico é, pois, acentuado pela profundidade e pela riqueza de vida interior. Em cada situação [o nativo] procura os motivos ocultos dos acontecimentos" (Luís Resina, Guia de Interpretação Astrológica, p.101)

E isto é o que de positivo encontrei sobre a minha Lua em Escorpião...