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sábado, 8 de setembro de 2012

Mistério nos campos (2ª parte)


Continuamos a tradução do texto "Mystery in the fields" do blog "Theosophy Watch", que foi iniciada a semana passada.

Símbolos sagrados

Círculos nas plantações com desenhos básicos, tal como anéis concêntricos ligados por linhas, são comuns na arte megalítica. Por exemplo aquele encontrado em Knowth, Irlanda (em baixo) e que se estima ter 5000 anos de idade, será possivelmente um relógio de Sol ou um calendário lunar.


No solstício de Verão, um conjunto de círculos nas plantações foi descoberto em Waden Hill, Wiltshire em 21 de Junho de 2003. O desenho parecia quase idêntico ao relógio de Sol gravado na pedra megalítica em Knowth – dez séculos antes!



O relógio de Sol

Então, no início da temporada de 2007 – a 15 de Abril – uma imagem num campo apareceu em Oliver’s Castle numas plantas de colza de um amarelo brilhante (ver abaixo).

A formação consistia num “disco externo” redondo e largo, com sete “ondas” curvilíneas a atravessá-lo, e também parecia representa um relógio de Sol.

Flores da planta de colza


Dois jovens aventureiros determinados a visitar a formação de perto, viram eles próprios que os pesados caules quebrados das plantas de colza não tinham sido partidos por acção humana.

Eles observaram que todas as hastes foram de facto gentilmente dobradas e a plantação continuava viva e crescendo – a única garantia de uma formação de círculos nas plantações genuína, à prova de fraude.


Geometria Sagrada

“Pode esta formação representar um relógio de Sol megalítico, tal como aqueles que eram construídos na pedra em locais antigos da Irlanda ou Inglaterra há 5000 anos atrás?, pergunta o investigador de círculos nas plantações Red Collie.



Muitos glifos codificam a quadratura do círculo, o que significa a fusão do espírito com a matéria, salienta David Pratt. “ A geometria sagrada assumiu um papel fundamental nos crescentemente complexos glifos das plantações que têm aparecido desde o início dos anos 90 do século XX.”

“Para minha surpresa, eu próprio encontrei que “ondas” similares às que apareceram em Oliver’s Castle, estavam aparentemente esculpidas em Newgrange”, escreve Red Collie.

“A civilização sempre desenvolveu os aspectos físico e intelectual a expensas dos aspectos psíquico e espiritual”, escreve Blavatsky no volume III d’ “A Doutrina Secreta” (p.337).

Diz ela: “O domínio sobre a própria natureza psíquica e a sua direcção, que os ignorantes atribuem hoje ao sobrenatural, eram faculdades inatas e congénitas na humanidade primitiva, e desenvolviam-se no homem tão naturalmente como andar e pensar.”


Newgrange

O mais notável em Newgrange, uma enorme zona com vestígios do neolítico, são as gravações de espirais infinitas.


Aquilo que é demonstrado muito claramente neste local sagrado é a capacidade de antigos construtores de medir com precisão o ano solar.

“ Uma pequena frecha de sol que parece uma adaga atravessa o chão da passagem até a câmara central durante exactamente 17 minutos durante o solstício de Inverno.”

As pessoas juntam-se em Newgrange durante o amanhecer em cada uma das manhãs desde 18 a 23 Dezembro inclusive. O nascer do Sol é às 8:58.

Raça esquecida

Newgrange é celebrado pelo grupo musical feminino Celtic Woman, concebido e reunido por Sharon Browne e David Downes, um antigo director musical do show do teatro irlandês Riverdance.


Letra

Há um lugar a Este
Anel misterioso, um anel mágico de pedras
Os druidas já viveram aqui em tempos, diziam eles
Esquecida é a raça de que ninguém sabe

O túmulo circundado de uma era diferente
Linhas secretas esculpidas em pedras antigas
Reis heróicos deitaram-se para descansar
Esquecida é a raça de que ninguém sabe

Espera pelo Sol num dia de Inverno
E um raio de luz brilha sobre o chão
Anel misterioso, um anel mágico
Esquecida é a raça de que ninguém sabe!


“Se a disposição de círculos, anéis, barras, etc… encontradas em pictogramas complexos nas formações nas plantações do início dos anos 90 representam uma linguagem simbólica precisa, ninguém até hoje conseguiu decifrá-la”, diz David Pratt.

Deverá ser recordado que a evolução em espiral é dual”, escreve Blavatsky em "Isis sem Véu e o Vishistadwaita", um artigo sobre a metafísica espiritual que está subjacente à evolução:

“…e o caminho da espiritualidade, vira-se, como um saca-rolhas, para dentro e à volta da evolução física, semi-física e suprafísica.”


Desde o final dos anos 70 o número de círculos tem aumentado exponencialmente, em especial nos condados do sul de Inglaterra de Wiltshire e Hampshire, e os desenhos têm se tornado cada vez mais elaborados.

É digno de registo, diz Pratt, que “alguns destes desenhos nas plantações também apareçam em antigos petróglifos”, como se pode ver abaixo neste agrupamento de glifos feito por  nativos americanos.


Na próxima semana será colocada a terceira e última parte.

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