Continuamos a tradução do texto "Mystery in the fields" do blog "Theosophy Watch", que foi iniciada a semana passada.
Símbolos sagrados
Círculos nas plantações com desenhos básicos, tal como anéis concêntricos ligados por linhas, são comuns na arte megalítica. Por exemplo
aquele encontrado em Knowth, Irlanda (em baixo) e que se estima ter 5000 anos
de idade, será possivelmente um relógio de Sol ou um calendário lunar.
No solstício de Verão, um conjunto de círculos nas
plantações foi descoberto em Waden Hill, Wiltshire em 21 de Junho de 2003. O
desenho parecia quase idêntico ao relógio de Sol gravado na pedra megalítica em
Knowth – dez séculos antes!
O relógio de Sol
Então, no início da temporada de 2007 – a 15 de Abril – uma
imagem num campo apareceu em Oliver’s Castle numas plantas de colza de um amarelo
brilhante (ver abaixo).
A formação consistia num “disco externo” redondo e largo,
com sete “ondas” curvilíneas a atravessá-lo, e também parecia representa um
relógio de Sol.
Dois jovens aventureiros determinados a visitar a formação
de perto, viram eles próprios que os pesados caules quebrados das plantas de
colza não tinham sido partidos por acção humana.
Eles observaram que todas as hastes foram de facto
gentilmente dobradas e a plantação continuava viva e crescendo – a única
garantia de uma formação de círculos nas plantações genuína, à prova de fraude.
Geometria Sagrada
“Pode esta formação representar um relógio de Sol
megalítico, tal como aqueles que eram construídos na pedra em locais antigos da
Irlanda ou Inglaterra há 5000 anos atrás?, pergunta o investigador de círculos
nas plantações Red Collie.
Muitos glifos codificam a quadratura do círculo, o que
significa a fusão do espírito com a matéria, salienta David Pratt. “ A
geometria sagrada assumiu um papel fundamental nos crescentemente complexos
glifos das plantações que têm aparecido desde o início dos anos 90 do século
XX.”
“Para minha surpresa, eu próprio encontrei que “ondas”
similares às que apareceram em Oliver’s Castle, estavam aparentemente esculpidas
em Newgrange”, escreve Red Collie.
“A civilização sempre desenvolveu os aspectos físico e intelectual
a expensas dos aspectos psíquico e espiritual”, escreve Blavatsky no volume III
d’ “A Doutrina Secreta” (p.337).
Diz ela: “O domínio sobre a própria natureza psíquica e a
sua direcção, que os ignorantes atribuem hoje ao sobrenatural, eram faculdades
inatas e congénitas na humanidade primitiva, e desenvolviam-se no homem tão
naturalmente como andar e pensar.”
Newgrange
O mais notável em Newgrange, uma enorme zona com
vestígios do neolítico, são as gravações de espirais infinitas.
Aquilo que é demonstrado muito claramente neste local
sagrado é a capacidade de antigos construtores de medir com precisão o ano
solar.
“ Uma pequena frecha de sol que parece uma adaga atravessa o
chão da passagem até a câmara central durante exactamente 17 minutos durante o
solstício de Inverno.”
As pessoas juntam-se em Newgrange durante o amanhecer em
cada uma das manhãs desde 18 a 23 Dezembro inclusive. O nascer do Sol é às
8:58.
Raça esquecida
Newgrange é celebrado pelo grupo musical feminino Celtic
Woman, concebido e reunido por Sharon Browne e David Downes, um antigo director
musical do show do teatro irlandês Riverdance.
Letra
Há um lugar
a Este
Anel
misterioso, um anel mágico de pedras
Os druidas
já viveram aqui em tempos, diziam eles
Esquecida é
a raça de que ninguém sabe
O túmulo
circundado de uma era diferente
Linhas
secretas esculpidas em pedras antigas
Reis
heróicos deitaram-se para descansar
Esquecida é a raça de que ninguém sabe
Espera pelo
Sol num dia de Inverno
E um raio de
luz brilha sobre o chão
Anel
misterioso, um anel mágico
Esquecida é
a raça de que ninguém sabe!
“Se a disposição de círculos, anéis, barras, etc…
encontradas em pictogramas complexos nas formações nas plantações do início dos
anos 90 representam uma linguagem simbólica precisa, ninguém até hoje conseguiu
decifrá-la”, diz David Pratt.
Deverá ser recordado que a evolução em espiral é dual”,
escreve Blavatsky em "Isis sem Véu e o Vishistadwaita", um artigo sobre a
metafísica espiritual que está subjacente à evolução:
“…e o caminho da espiritualidade, vira-se, como um
saca-rolhas, para dentro e à volta da evolução física, semi-física e
suprafísica.”
Desde o final dos anos 70 o número de círculos tem aumentado
exponencialmente, em especial nos condados do sul de Inglaterra de Wiltshire e
Hampshire, e os desenhos têm se tornado cada vez mais elaborados.
É digno de registo, diz Pratt, que “alguns destes desenhos
nas plantações também apareçam em antigos petróglifos”, como se pode ver abaixo
neste agrupamento de glifos feito por nativos americanos.
Na próxima semana será colocada a terceira e última parte.
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