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sábado, 5 de janeiro de 2013

Como é morrer (1ª parte)


Uma vez mais, o Lua em Escorpião traz um texto publicado no blog de Odin Townley, "Theosophy Watch" sobre experiências de quase-morte. Publicado em dezembro de 2012 sob o nome "What it´s like to Die", ele será dividido aqui no Lua em duas partes. Começa assim:

De acordo com a tradição as palavras do Buda ao morrer foram: “todos os compostos são perecíveis”.
Mas não o espírito imortal do homem. O Buda referia-se à nossa parte física, passional e psíquica. O espírito usa estas partes como seu veículo em cada nova vida.



Essas partes interligadas são separadas na morte e reduzidas aos seus elementos primários, sendo recicladas e devolvidas às suas origens na Natureza.

Este processo da reciclagem de substâncias renováveis da evolução, das forças temporais e dos materiais necessários para um corpo é inteiramente natural.

“Porquanto és pó”, diz o Génesis (3:19) e “ao pó tornarás” referindo-se às partes perecíveis do complexo edifício humano.

Pelo contrário, como nos sonhos, “o espírito do homem é livre”, conforme declara o ensinamento oculto do Brihad Aranyaka Upanixade (13) “e o nada obedece ao Espírito”. Madame Blavatsky  concorda com os Upanixades e explica n’ ”A Chave para a Teosofia” que “a morte sobrevém aos nossos eus espirituais sempre como libertadora e amiga”. Para o mortal comum “será como um sonho tão vívido quanto a vida, e cheio de êxtase e visões realistas.”



Mesmo para o materialista, que “não obstante o seu materialismo, não foi um homem mau, o intervalo entre duas vidas será como o sono ininterrupto e plácido de uma criança.”

“Assim como o homem, no momento da morte, tem um insight retrospetivo sobre a vida que levou, então, no momento em que renasce na Terra, o Ego, despertando do estado [de felicidade pós-morte chamado] Devachan, tem uma visão prospetiva da vida que o aguarda, e percebe todas as causas que o levaram a ela.”



“Ele percebe-as e vê o futuro, porque é entre o Devachan e o renascimento que o Ego readquire sua consciência “manásica” [NT:que o autor traduz por mente espiritual] e volta a ser por um curto período o deus que era, antes de, em conformidade com a lei kármica, ter descido pela primeira vez à matéria e encarnado no primeiro homem físico.”

“ O fio de ouro vê todas as suas pérolas, e não perde qualquer uma que seja”. [A chave para a Teosofia, p.146]

Vendo as pérolas

[No vídeo abaixo] Uma mulher conta as suas duas histórias de experiências de quase-morte (EQM). A primeira ocorreu depois de um acidente de carro. Ela teve uma experiência fora-do-corpo (EFC) e de cima viu o que se passava à volta do seu corpo físico. Depois a mulher teve uma revisão de vida e encontrou parentes falecidos. A investigação do Dr. Pim van Lommel  sobre EQM é também brevemente mencionada.


 
O fogo da fénix

O soldado George Ritchie de 20 anos, parecia ter morrido num hospital militar e foi pronunciado morto duas vezes pelo médico ao serviço. Nove minutos depois voltou à vida.

A história de George Ritchie é detalhada de forma completa no livro “Reincarnation: The Phoenix Fire Mystery–An East-West Dialogue on Death and Rebirth from the Worlds of Religion, Science, Psychology, Philosophy, Art and Literature” editado por dois teosofistas de Nova Iorque, Joseph Head e Sylvia Cranston  e fruto da sua pesquisa.



“Esta antologia clássica oferece perspetivas antigas e modernas sobre a pergunta de Jó: 'Morrendo o homem, porventura tornará a viver?‘. Abrangendo 5 000 anos de pensamento mundial, escreve a editora, “a seleção feita convida à consideração de uma ideia que tem encontrado hospitalidade nas grandes mentes da história”.

Regresso do amanhã

O Dr. George Ritchie escreveu sobre a sua EQM no livro “Voltar do Amanhã” [editado no Brasil, pela Ed. Nórdica, podendo ser consultado um resumo da história aqui], [no original] “Return from Tomorrow”, co-escrito com Elizabeth Sherill (1978) e que já foi traduzido para nove línguas. Em “Voltar do Amanhã”, o Dr. Ritchie fala da sua experiência fora-do-corpo, no seu encontro com Jesus Cristo, e na sua viagem acompanhada por Cristo através de diferentes dimensões do tempo e do espaço.

“A morte não é nada mais do que uma passagem”, disse Ritchie, “algo que você atravessa”.




Continua na próxima semana, onde falaremos sobre o trabalho do Dr. Raymond Moody, Jr...

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