Uma vez mais, o Lua em Escorpião traz um texto publicado no blog de Odin Townley, "Theosophy Watch" sobre experiências de quase-morte. Publicado em dezembro de 2012 sob o nome "What it´s like to Die", ele será dividido aqui no Lua em duas partes. Começa assim:
De acordo com a tradição as palavras do Buda ao morrer foram:
“todos os compostos são perecíveis”.
Mas não o espírito imortal do homem. O Buda referia-se à
nossa parte física, passional e psíquica. O espírito usa estas partes como seu veículo
em cada nova vida.
Essas partes interligadas são separadas na morte e reduzidas
aos seus elementos primários, sendo recicladas e devolvidas às suas origens na
Natureza.
Este processo da reciclagem de substâncias renováveis da
evolução, das forças temporais e dos materiais necessários para um corpo é
inteiramente natural.
“Porquanto és pó”, diz o Génesis (3:19) e “ao pó tornarás”
referindo-se às partes perecíveis do complexo edifício humano.
Pelo contrário, como nos sonhos, “o espírito do homem é livre”,
conforme declara o ensinamento oculto do Brihad Aranyaka Upanixade (13) “e o nada
obedece ao Espírito”. Madame Blavatsky
concorda com os Upanixades e explica n’ ”A Chave para a Teosofia” que “a
morte sobrevém aos nossos eus espirituais sempre como libertadora e amiga”.
Para o mortal comum “será como um sonho tão vívido quanto a vida, e cheio de
êxtase e visões realistas.”
Mesmo para o materialista, que “não obstante o seu
materialismo, não foi um homem mau, o intervalo entre duas vidas será como o
sono ininterrupto e plácido de uma criança.”
“Assim como o homem, no momento da morte, tem um insight retrospetivo sobre a vida que
levou, então, no momento em que renasce na Terra, o Ego, despertando do estado
[de felicidade pós-morte chamado] Devachan, tem uma visão prospetiva da vida
que o aguarda, e percebe todas as causas que o levaram a ela.”
“Ele percebe-as e vê o futuro, porque é entre o Devachan e o
renascimento que o Ego readquire sua consciência “manásica” [NT:que o autor
traduz por mente espiritual] e volta a ser por um curto período o deus que era,
antes de, em conformidade com a lei kármica, ter descido pela primeira vez à
matéria e encarnado no primeiro homem físico.”
“ O fio de ouro vê todas as suas pérolas, e não perde
qualquer uma que seja”. [A chave para a Teosofia, p.146]
Vendo as pérolas
[No vídeo abaixo] Uma mulher conta as suas duas histórias de
experiências de quase-morte (EQM). A primeira ocorreu depois de um acidente de
carro. Ela teve uma experiência fora-do-corpo (EFC) e de cima viu o que se
passava à volta do seu corpo físico. Depois a mulher teve uma revisão de vida e
encontrou parentes falecidos. A investigação do Dr. Pim van Lommel sobre EQM é também brevemente mencionada.
O fogo da fénix
O soldado George Ritchie de 20 anos, parecia ter morrido num
hospital militar e foi pronunciado morto duas vezes pelo médico ao serviço.
Nove minutos depois voltou à vida.
A história de George Ritchie é detalhada de forma completa no
livro “Reincarnation: The Phoenix Fire Mystery–An East-West Dialogue on Death
and Rebirth from the Worlds of Religion, Science, Psychology, Philosophy, Art
and Literature” editado por dois teosofistas de Nova Iorque, Joseph Head e
Sylvia Cranston e fruto da sua pesquisa.
“Esta antologia clássica oferece perspetivas antigas e
modernas sobre a pergunta de Jó: 'Morrendo
o homem, porventura tornará a viver?‘. Abrangendo 5 000 anos de
pensamento mundial, escreve a editora, “a seleção feita convida à consideração
de uma ideia que tem encontrado hospitalidade nas grandes mentes da história”.
Regresso do amanhã
O Dr. George Ritchie escreveu sobre a sua EQM no livro
“Voltar do Amanhã” [editado no Brasil, pela Ed. Nórdica, podendo ser consultado
um resumo da história aqui],
[no original] “Return from Tomorrow”, co-escrito com Elizabeth Sherill (1978) e
que já foi traduzido para nove línguas. Em “Voltar do Amanhã”, o Dr. Ritchie
fala da sua experiência fora-do-corpo, no seu encontro com Jesus Cristo, e na
sua viagem acompanhada por Cristo através de diferentes dimensões do tempo e do
espaço.
“A morte não é nada mais do que uma passagem”, disse
Ritchie, “algo que você atravessa”.
Continua na próxima semana, onde falaremos sobre o trabalho do Dr. Raymond Moody, Jr...
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