Na semana passada, na 1ª parte de "Como é morrer", (lembre-se que este texto é uma tradução de um post do blog Theosophy Watch) terminámos com a história de George Ritchie, um soldado norte-americano que teve uma experiência de quase morte.
O relato de Ritchie foi o primeiro contacto que o Dr.
Raymond Moody Jr. teve com EQM durante a sua licenciatura em filosofia pela
Universidade da Virgínia.
Isto foi o que levou Moody a investigar mais de 150 casos de
EQM no seu livro “Vida depois da Vida” e noutros dois livros que se seguiram.
O Dr. Raymond A. Moody, Jr., psiquiatra, reconhecido “pai” das
Experiências de Quase Morte, é autor do clássico “Vida depois da
Vida” que vendeu mais de dez milhões de cópias. O livro do Dr. Moody deu início
à investigação no campo dos estudos de quase-morte. Professor de psicologia no
Wes Georgia College, ele é também o autor de Laugh after
Laugh [“O último a rir”, Ed. Pergaminho] e The Light Beyond [“A luz do além",
Ed. Pergaminho].
“Ignoramos o além, porque esta ignorância é uma condição da
nossa própria vida. Da mesma forma o gelo não pode saber do fogo exceto quando
se derrete e desaparece”. [escreve Moody, Jr]
Existe um tipo de “conhecimento noético” que acompanha todos
os EQM e EFC verdadeiros. A derradeira EFC é obviamente experienciada como um
estado após a morte do corpo físico e até a subsequente reencarnação da alma
individual.
Quais as caraterísticas e que qualidades têm as experiências de quase morte? Representam estas experiências um encontro
autêntico com o além, ou são apenas uma fabricação da atividade do nosso
cérebro?
As qualidades comuns às experiências de quase-morte incluem
sentimentos de profunda paz, sensação extra-corporal, encontros com “seres de
luz” e com parentes falecidos, revisão de vida e relutância em voltar.
O Dr. Moody explora o significado destas experiências para o
nosso próprio entendimento do inconsciente coletivo, enfatizando o valor da
sabedoria e do amor como valores primários na vida humana.
Partilhando a
eternidade
O livro do Dr. Moody “Instantes de Eternidade” [NT: já aqui abordado no Lua em Escorpião pela Luísa Garcês de Lima], sobre experiências de
morte partilhadas foi publicado recentemente. Escrito em conjunto com Paul
Perry, este livro fornece numerosos exemplos sobre experiências de morte
partilhadas.
As pessoas presentes durante a morte de alguém próximo experienciam
uma saída do seu próprio corpo, veem a revisão de vida da pessoa querida e
viajam até meio-caminho em direção à Luz. Moody descreve sete elementos chave
da experiência de morte partilhada [para mais sobre este pormenor, ver aqui]
que são muito semelhantes aos das experiências de quase morte.
“No momento solene da morte, cada homem, mesmo quando a
morte é súbita”, diz Blavatsky n’”A Chave para a Teosofia”, “vê toda a sua vida
passar diante dos olhos, nos mais diminutos detalhes. Por um breve instante o
Ego pessoal se torna uno com o Ego individual e omnisciente.” Ela refere-se à
ilusão do tempo nas experiências de quase morte no seu artigo “Memory in the Dying”, desta forma:
“Uma vida longa, talvez, vivida outra vez, durante um curto
segundo!”
Sem comentários:
Enviar um comentário