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sábado, 26 de janeiro de 2013

Cascas, andarilhos terrestres e egrégoras (1ª parte)


Na sequência de dúvidas colocadas no theos-talk (um fórum de discussão de Teosofia), no passado mês de dezembro, sobre a disponibilidade na internet da obra (traduzida para inglês) de Alan Kardec - o pai do espiritismo moderno - sucederam-se em catadupa uma série de posts, com o objetivo de discernir três conceitos distintos: cascas, andarilhos terrestres e egrégoras.

Alan Kardec (1804-1869)


Como se sabe, a explicação que a Teosofia dá para os fenómenos mediúnicos é bem distinta daquela fornecida pelo Espiritismo, que considera as comunicações dos Espíritos como provenientes do “homem real” que desencarnou. A Teosofia, ao invés, diz que, salvo exceções, quem produz essas manifestações são cascas animadas pelo fluido vital dos médiuns ou por elementais brincalhões que usam as cascas como máscaras para representar pessoas mortas e enganar os crédulos.

No Glossário Teosófico temos definições que ajudam quem desconhece a terminologia:


Cascas - nome cabalístico dado aos fantasmas ou sombras dos mortos, os “espíritos” dos espíritas, que figuram entre os fenómenos físicos. São assim denominados por constituírem simples formas ilusórias, vazias dos seus princípios superiores. (Glossário Teosófico, Ed. Ground, p.102).

Elementários  - no que respeita a este conceito, é curioso notar que a definição que consta do Glossário Teosófico editado por GRS Mead (a participação de Blavatsky na sua elaboração foi muito limitada, devido ao seu falecimento inesperado) é bem divergente daquela que consta na versão da ST Pasadena, uma enciclopédia muito maior e aparentemente mais rigorosa (o Glossário de Mead é acusado por exemplo de ter muitas falhas na terminologia em sânscrito). De acordo com a definição desta enciclopédia teosófica, um “Elementário” é definido como uma casca ou cadáver astral em que predominam impulsos inferiores, negativos e nocivos. Às vezes, contudo, o termo "elementário" parece ser usado de certa forma como um sinónimo de casca. Outros teosofistas entendem por "elementário" uma casca animada por um elemental (cuja definição se encontra abaixo). Seja como for deverá de ser tida primordialmente em conta a definição do Glossário da ST Pasadena. O site Filosofia Esoterica, também descreve aqui um elementário como "casca ou cadáver astral em que predominam impulsos inferiores, negativos e nocivos". Outro texto muito interessante sobre este tema é este.

Elementais – Criaturas desenvolvidas nos quatro reinos ou elementos: terra, ar, fogo e água. São denominados pelos cabalistas de Gnomos (terra), Silfos (ar), Salamandras (fogo) e Ondinas (água). Exceto alguns poucos, que pertencem a espécies superiores e seus regentes, são antes forças da Natureza do que homens ou mulheres etéreos. Estas forças, como agentes servis dos ocultistas, podem produzir diversos efeitos; porém, se empregadas por “elementários” – em cujo caso escravizam os médiuns – enganarão às pessoas crédulas (Glossário Teosófico, p.163-4).

Para definições de Kama-loka e Kama-rûpa ver aqui. Este texto de Joaquim Soares também pode ser útil.

Daniel Caldwell, que administra o site Blavatsky Study Center e que publicou “O Mundo Esotérico de Madame Blavatsky” [editado no Brasil pela Madras] e mais recentemente “Laura Holloway e os Mahatmas”, foi o catalisador da discussão ocorrida no theos-talk.



Há uns anos Caldwell esteve ligado a uma enorme controvérsia relacionada com a publicação das Cartas de Helena Blavatsky, pois no primeiro volume constavam cartas espúrias escritas por grandes inimigos da Velha Senhora. Existe inclusive um artigo na revista Biosofia sobre esta matéria. A consulta de alguns números da revista Fohat permite observar com maior detalhe os argumentos da defesa e da acusação.



Sobre as cascas

Diz Blavatsky numa carta, escrita antes da fundação da Sociedade Teosófica, quando vivia nos EUA:

“Quanto mais sessões espíritas vejo neste berço e viveiro de Espiritismo e médiuns, mais claramente vejo como são perigosos para a humanidade. Os poetas falam de uma fina partição entre os dois mundos. Não existe nenhuma partição. As pessoas na sua cegueira imaginam obstáculos deste género porque os seus órgãos grosseiros de audição, visão e sensação não permitem à maior parte dessas pessoas penetrar na diferença de estados. Além disso, a Mãe-Natureza fez bem em dotar-nos com sentidos grosseiros, pois de outro modo a individualidade e a personalidade do homem seria impossível, porque os mortos estariam continuamente a se misturar com os vivos, e os vivos assimilar-se-iam com os mortos.(…)

De uma maneira ou de outra, não podemos evitar identificarmo-nos fisicamente e de um modo inconsciente com os mortos, absorvendo os átomos constituintes daquilo que viveu antes de nós. Em cada inspiração nós os inalamos e expiramos aquilo aquilo nutre essas criaturas sem forma, elementais flutuando no ar na expetativa de serem transformados em seres viventes. Isto não é apenas um processo físico, mas em parte também um processo moral. Nós assimilamos aqueles que nos precederam, gradualmente absorvendo as suas moléculas cerebrais e trocando auras mentais, ou seja, pensamentos, desejos e tendências. Este é um intercâmbio comum a toda a raça humana e a tudo o que vive. É um processo natural, resultado das leis de economia da natureza…Explica similaridades, externas e morais…”

“Mas existe outra lei absoluta, que se manifesta periódica e esporadicamente. (…) Durante epidemias deste género o reino dos mortos invade a região dos vivos, embora felizmente este tipo de resíduos esteja limitado à esfera de ação de quando estavam na Terra. E então, quando evocados pelos médiuns, eles não podem ultrapassar os limites e fronteiras onde agiam e viviam….E quanto mais abertas as portas estão a eles, mais se espalha a epidemia necromântica.“

“É lógico que estes resíduos terrestres, atraídos de forma irresistível para a Terra, não podem seguir a alma e o espírito, os princípios mais elevados do ser humano. Com horror e repulsa muitas vezes observei como uma sombra reanimada deste género se separou a partir do interior do médium e como se separando a partir do corpo astral dele e vestida com a roupagem de outra pessoa, fez-se passar por um conhecido de alguém, levando a pessoa a ficar extasiada e fazendo as pessoas abrir os seus corações a estas sombras que elas sinceramente acreditavam serem os seus queridos pais e irmãos, ressuscitados para convencê-los da vida eterna, e também para vê-los…Oh, se elas apenas soubessem a verdade, se acreditassem nela! Se elas vissem, como muitas vezes vi, uma criatura monstruosa, sem forma a agarrar alguém presente nestas feitiçarias espiritistas! Envolve o homem como se tivesse um manto negro e lentamente desaparece dentro dele como se fosse arrastado para dentro do corpo através de cada um dos seus poros.”

Continuamos na próxima semana, com excertos de textos sobre os andarilhos terrestres e as egrégoras.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Netuno e a Lei de Titius-Bode


Desde a sua criação no ano passado, tem continuado semana após semana a discussão de conceitos teosóficos na comunidade online “Theosophy Nexus”. Recentemente, o teosofista Jon Fergus colocou um interessante texto sobre o tratamento do planeta Netuno segundo “A Doutrina Secreta” de Helena P. Blavatsky e a relação com uma teoria científica que surgiu no séc. XVIII e que foi chamada de Lei de Titius-Bode (ou simplesmente Lei de Bode).

Imagem de Netuno


Escreve Fergus aqui:

“Do meu ponto de vista, uma das principais evidências empíricas sobre a exatidão científica dos ensinamentos teosóficos comunicados por HPB é o tratamento dado a Netuno.

Numa nota de rodapé [número 99 na página 154] do volume I da Doutrina Secreta [edição em português da Pensamento], HPB diz:


“Quando falamos de Netuno, não o fazemos como ocultista, e sim como europeus. O verdadeiro ocultista oriental sustenta que, embora existam ainda muitos planetas por descobrir no nosso sistema, Netuno a este não pertence realmente, apesar da sua aparente conexão com o nosso Sol e à influência do mesmo sobre ele. Tal conexão é mayávica e imaginária, dizem.” [alterei ligeiramente a tradução que consta no livro para se perceber melhor a frase]

A Lei Titius-Bode, conhecida no tempo de HPB, explica que os planetas do nosso sistema não estão localizados a uma distância aleatória do Sol, mas ao invés seguem um espaçamento preciso, baseado numa sequência de rácios de 0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128.

Helena P. Blavatsky (HPB)

Depois da sua descoberta, este rácio previu com sucesso a localização de Urano e Ceres. De facto, de todos os planetas no sistema apenas Netuno não está de acordo com este espaçamento matemático preciso. Como exemplo dos absurdos da ciência moderna refira-se que, quando se descobriu que Netuno não encaixava neste espaçamento, a comunidade científica descartou qualquer reconhecimento da Lei de Titius-Bode e hoje em dia encontram-se poucos cientistas que conheçam esta Lei, apesar do seu estudo sobre os planetas.

HPB e os teosofistas foram os únicos a apresentar uma alternativa, que é basicamente esta: Netuno é uma anomalia, não pertence ao nosso sistema. Por essa razão não surpreende que não encaixe nos rácios de espaçamento.

Quando Plutão foi descoberto os cientistas usaram a sua localização para descartar inteiramente a lei de espaçamento. Contudo se Netuno não se encaixa na lei, já Plutão está precisamente conforme o espaçamento previsto. Vejam aqui [reparar na nota 2 por baixo do quadro]:

Imagem de Plutão

Apenas a perspetiva teosófica explica porque a lei Titius-Bode é verdadeira, [de Mercúrio] até Plutão, e se saltarmos Netuno, por não pertencer ao sistema.

Não é estranho que uma lei que pode prever de forma precisa a localização de todos planetas com exceção de um seja descartada? Por mera probabilidade estatística a lei deve ser vista como exata e baseada nalguma verdade. Não pode ser por um fator aleatório ou coincidência que os planetas estejam espaçados daquela forma, e no entanto esta é a posição da astronomia moderna! Qualquer cientista decente estaria inclinado a explorar a razão de Netuno não encaixar, por oposição a descartar a Lei somente por causa de Netuno.

Aqui está um gráfico mostrando a precisão da Lei de Titius-Bode se se saltar Netuno.”



Ao comentário de outro membro da comunidade Theosophy Nexus de que “isto parecia o trabalho da Inteligência na Natureza” Jon Fergus acrescenta:

“No mínimo, elimina a possibilidade de que o sistema solar é formado por nada mais do que forças cegas e por aglutinados aleatórios de matéria, conforme apontam as teorias modernas. Realmente ilumina sobre a ignorância intencional das teorias científicas, quando algo tão significativo quanto esta Lei é completamente ignorado.”

Assim, se alguém tiver uma oportunidade que coloque este problema a um cientista e veja de que forma eles conseguem responder ao assunto…

sábado, 12 de janeiro de 2013

Como é morrer (2ª parte)


Na semana passada, na 1ª parte de "Como é morrer", (lembre-se que este texto é uma tradução de um post do blog Theosophy Watch) terminámos com a história de George Ritchie, um soldado norte-americano que teve uma experiência de quase morte.

O relato de Ritchie foi o primeiro contacto que o Dr. Raymond Moody Jr. teve com EQM durante a sua licenciatura em filosofia pela Universidade da Virgínia.

Isto foi o que levou Moody a investigar mais de 150 casos de EQM no seu livro “Vida depois da Vida” e noutros dois livros que se seguiram.



O Dr. Raymond A. Moody, Jr., psiquiatra, reconhecido “pai” das Experiências de Quase Morte, é autor do clássico “Vida depois da Vida” que vendeu mais de dez milhões de cópias. O livro do Dr. Moody deu início à investigação no campo dos estudos de quase-morte. Professor de psicologia no Wes Georgia College, ele é também o autor de Laugh after Laugh [“O último a rir”, Ed. Pergaminho] e The Light Beyond [“A luz do além", Ed. Pergaminho].

“Ignoramos o além, porque esta ignorância é uma condição da nossa própria vida. Da mesma forma o gelo não pode saber do fogo exceto quando se derrete e desaparece”. [escreve Moody, Jr]

Existe um tipo de “conhecimento noético” que acompanha todos os EQM e EFC verdadeiros. A derradeira EFC é obviamente experienciada como um estado após a morte do corpo físico e até a subsequente reencarnação da alma individual. 


Quais as caraterísticas e que qualidades têm as experiências de quase morte? Representam estas experiências um encontro autêntico com o além, ou são apenas uma fabricação da atividade do nosso cérebro?

As qualidades comuns às experiências de quase-morte incluem sentimentos de profunda paz, sensação extra-corporal, encontros com “seres de luz” e com parentes falecidos, revisão de vida e relutância em voltar.

O Dr. Moody explora o significado destas experiências para o nosso próprio entendimento do inconsciente coletivo, enfatizando o valor da sabedoria e do amor como valores primários na vida humana.



Partilhando a eternidade

O livro do Dr. Moody “Instantes de Eternidade” [NT: já aqui abordado no Lua em Escorpião pela Luísa Garcês de Lima], sobre experiências de morte partilhadas foi publicado recentemente. Escrito em conjunto com Paul Perry, este livro fornece numerosos exemplos sobre experiências de morte partilhadas.



As pessoas presentes durante a morte de alguém próximo experienciam uma saída do seu próprio corpo, veem a revisão de vida da pessoa querida e viajam até meio-caminho em direção à Luz. Moody descreve sete elementos chave da experiência de morte partilhada [para mais sobre este pormenor, ver aqui] que são muito semelhantes aos das experiências de quase morte.

“No momento solene da morte, cada homem, mesmo quando a morte é súbita”, diz Blavatsky n’”A Chave para a Teosofia”, “vê toda a sua vida passar diante dos olhos, nos mais diminutos detalhes. Por um breve instante o Ego pessoal se torna uno com o Ego individual e omnisciente.” Ela refere-se à ilusão do tempo nas experiências de quase morte no seu artigo “Memory in the Dying”, desta forma:

“Uma vida longa, talvez, vivida outra vez, durante um curto segundo!”

sábado, 5 de janeiro de 2013

Como é morrer (1ª parte)


Uma vez mais, o Lua em Escorpião traz um texto publicado no blog de Odin Townley, "Theosophy Watch" sobre experiências de quase-morte. Publicado em dezembro de 2012 sob o nome "What it´s like to Die", ele será dividido aqui no Lua em duas partes. Começa assim:

De acordo com a tradição as palavras do Buda ao morrer foram: “todos os compostos são perecíveis”.
Mas não o espírito imortal do homem. O Buda referia-se à nossa parte física, passional e psíquica. O espírito usa estas partes como seu veículo em cada nova vida.



Essas partes interligadas são separadas na morte e reduzidas aos seus elementos primários, sendo recicladas e devolvidas às suas origens na Natureza.

Este processo da reciclagem de substâncias renováveis da evolução, das forças temporais e dos materiais necessários para um corpo é inteiramente natural.

“Porquanto és pó”, diz o Génesis (3:19) e “ao pó tornarás” referindo-se às partes perecíveis do complexo edifício humano.

Pelo contrário, como nos sonhos, “o espírito do homem é livre”, conforme declara o ensinamento oculto do Brihad Aranyaka Upanixade (13) “e o nada obedece ao Espírito”. Madame Blavatsky  concorda com os Upanixades e explica n’ ”A Chave para a Teosofia” que “a morte sobrevém aos nossos eus espirituais sempre como libertadora e amiga”. Para o mortal comum “será como um sonho tão vívido quanto a vida, e cheio de êxtase e visões realistas.”



Mesmo para o materialista, que “não obstante o seu materialismo, não foi um homem mau, o intervalo entre duas vidas será como o sono ininterrupto e plácido de uma criança.”

“Assim como o homem, no momento da morte, tem um insight retrospetivo sobre a vida que levou, então, no momento em que renasce na Terra, o Ego, despertando do estado [de felicidade pós-morte chamado] Devachan, tem uma visão prospetiva da vida que o aguarda, e percebe todas as causas que o levaram a ela.”



“Ele percebe-as e vê o futuro, porque é entre o Devachan e o renascimento que o Ego readquire sua consciência “manásica” [NT:que o autor traduz por mente espiritual] e volta a ser por um curto período o deus que era, antes de, em conformidade com a lei kármica, ter descido pela primeira vez à matéria e encarnado no primeiro homem físico.”

“ O fio de ouro vê todas as suas pérolas, e não perde qualquer uma que seja”. [A chave para a Teosofia, p.146]

Vendo as pérolas

[No vídeo abaixo] Uma mulher conta as suas duas histórias de experiências de quase-morte (EQM). A primeira ocorreu depois de um acidente de carro. Ela teve uma experiência fora-do-corpo (EFC) e de cima viu o que se passava à volta do seu corpo físico. Depois a mulher teve uma revisão de vida e encontrou parentes falecidos. A investigação do Dr. Pim van Lommel  sobre EQM é também brevemente mencionada.


 
O fogo da fénix

O soldado George Ritchie de 20 anos, parecia ter morrido num hospital militar e foi pronunciado morto duas vezes pelo médico ao serviço. Nove minutos depois voltou à vida.

A história de George Ritchie é detalhada de forma completa no livro “Reincarnation: The Phoenix Fire Mystery–An East-West Dialogue on Death and Rebirth from the Worlds of Religion, Science, Psychology, Philosophy, Art and Literature” editado por dois teosofistas de Nova Iorque, Joseph Head e Sylvia Cranston  e fruto da sua pesquisa.



“Esta antologia clássica oferece perspetivas antigas e modernas sobre a pergunta de Jó: 'Morrendo o homem, porventura tornará a viver?‘. Abrangendo 5 000 anos de pensamento mundial, escreve a editora, “a seleção feita convida à consideração de uma ideia que tem encontrado hospitalidade nas grandes mentes da história”.

Regresso do amanhã

O Dr. George Ritchie escreveu sobre a sua EQM no livro “Voltar do Amanhã” [editado no Brasil, pela Ed. Nórdica, podendo ser consultado um resumo da história aqui], [no original] “Return from Tomorrow”, co-escrito com Elizabeth Sherill (1978) e que já foi traduzido para nove línguas. Em “Voltar do Amanhã”, o Dr. Ritchie fala da sua experiência fora-do-corpo, no seu encontro com Jesus Cristo, e na sua viagem acompanhada por Cristo através de diferentes dimensões do tempo e do espaço.

“A morte não é nada mais do que uma passagem”, disse Ritchie, “algo que você atravessa”.




Continua na próxima semana, onde falaremos sobre o trabalho do Dr. Raymond Moody, Jr...