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sábado, 14 de julho de 2012

Conhecendo o astral (1ª parte)

Como já tive oportunidade de referir anteriormente, o blog “Theosophy Watch” é uma das páginas de internet mais fascinantes que se podem encontrar, mesmo para aqueles que não são teosofistas. Mais do que uma vez por semana, Odin Townley, teosofista residente em Nova Iorque, faz-nos o grande favor de actualizar as ligações da ciência (e não só) com as Verdades Eternas expressas por Helena Blavatsky e os seus Mestres. Como sabe quem leu “A Doutrina Secreta”, Blavatsky fez questão de usar a ciência do seu tempo para fundamentar várias da passagem da sua magnum opus. Ora, passados quase 125 anos sobre a publicação da edição original, e com tanto desenvolvimento científico entretanto havido, o blog Theosophy Watch é uma ferramenta imprescindível para a propagação da Teosofia e para a percepção do seu inestimável valor (tal como a página Exploring Theosophy de David Pratt, mencionada no post anterior).


Solicitei a Townley autorização para tradução de um dos últimos posts intitulado “Conhecendo o astral”, que achei particularmente brilhante. Aqui vai a primeira das três partes:


Conhecendo o astral


A paisagem surreal do livro de Lewis Carroll, “Alice do outro lado do espelho” [NT: No Brasil, o título é “Alice no país do espelho”] faz com que Alice se questione como é o mundo do outro lado do espelho.
Para surpresa dela, Alice é capaz de passar para um fantástico mundo astral e experienciar uma existência alternativa.


Uma Alice intrigada descobre um livro com poesia chamado “Jabberwocky” que ela só consegue ler em frente a um espelho.

Para os estudantes de Teosofia, o artifício da imaginação de Carroll é uma lembrança inequívoca da “luz astral” falada no ocultismo, uma unidade de armazenamento universal onde as imagens originais de todas as coisas são vistas ao contrário das suas projecções visíveis no nosso plano terrestre.

Em 1871, a mediunidade e as mesas girantes estavam na moda, como descreve Mitch Horowitz no seu livro recente, “Occult America”. Compreensivelmente, a sequela de “Alice no País das Maravilhas” escrita por Carroll, foi muito popular na época.

A clarividência e os poderes psíquicos sempre fascinaram o público em geral. Mas, na altura, tal como agora, isso era considerado algo sem sentido pelos cientistas da corrente dominante.

“Às vezes, eu acreditei em seis coisas impossíveis antes do pequeno-almoço” confidencia a Rainha Branca a Alice.


Quando antes interessavam apenas aos caçadores de fantasmas e à ridicularizada ciência da parapsicologia, “os cinco grandes”: precognição, telepatia, clarividência, psicocinese e cura (conhecidas no seu conjunto como “psi”), são agora alvo de atenção pelo grosso da comunidade ligada à psicologia e à neurociência.

América do Oculto


Tocou vidas tão díspares como as de Frederick Douglass [NT: abolicionista e escritor norte-americano], Franklin Roosevelt e Mary Todd Lincoln – que uma vez convenceu o seu marido, Abe [NT:presidente norte-americano durante o período da Guerra Civil], a acolher uma sessão na Casa Branca. Estes norte-americanos estavam entre as figuras famosas cujos caminhos se entrelançaram com o movimento místico e esotérico amplamente conhecido como do oculto.




“Algo desconhecido”


Renée Scheltema

A realizadora holandesa Renée Scheltema lançou um documentário sobre parapsicologia.  O seu colega e pesquisador de assuntos psíquicos desde há largo tempo, Charles Tart, autor de “The End of Materialism” fez uma crítica ao filme:



“Eu finalmente vi o resultado dos esforços de Renée, um DVD do seu esforço talentoso em “Something Unknown is Doing We Don´t Know What” [NT:Algo desconhecido está a fazer não sabemos o quê] e estou muito satisfeito.”

“Este é provavelmente o melhor filme educativo sobre parapsicologia e suas implicações já alguma vez feito. Se querem ver e ouvir muitos dos cientistas mais criativos a pesquisarem nesta área, e descobrirem o que sabemos, então eu não poderia recomendar este filme de forma mais enfática!”



Vendo a dobrar




Localizada nos terrenos do Castelo de Guildford num jardim amurado por trás de um relvado de bowling, a escultura de Alice está perto da casa que Lewis Carroll arrendou, e foi criada pelo escultor Jeanne Argent.

Lewis Carroll (1832-1898) foi na vida real professor de Matemática de Oxford (1855-1881), o Reverendo Charles Lutwidge Dodgson, ou para alguns dos seus jovens amigos que o conheceram pessoalmente, Sr. Dodgson.

Estátua de Alice

Na próxima semana será carregada a 2ª parte de "Conhecendo o astral."

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