Solicitei a Townley autorização para tradução de um dos últimos posts intitulado “Conhecendo o astral”, que achei particularmente brilhante. Aqui vai a primeira das três partes:
Conhecendo o astral
A paisagem surreal do livro de Lewis Carroll, “Alice do
outro lado do espelho” [NT: No Brasil, o título é “Alice no país do espelho”] faz
com que Alice se questione como é o mundo do outro lado do espelho.
Para surpresa dela, Alice é capaz de passar para um
fantástico mundo astral e experienciar uma existência alternativa.
Uma Alice intrigada descobre um livro com poesia chamado
“Jabberwocky” que ela só consegue ler em frente a um espelho.
Para os estudantes de Teosofia, o artifício da imaginação de
Carroll é uma lembrança inequívoca da “luz astral” falada no ocultismo, uma
unidade de armazenamento universal onde as imagens originais de todas as coisas são vistas
ao contrário das suas projecções visíveis no nosso plano terrestre.
Em 1871, a mediunidade e as mesas girantes estavam na moda,
como descreve Mitch Horowitz no seu livro recente, “Occult America”.
Compreensivelmente, a sequela de “Alice no País das Maravilhas” escrita por
Carroll, foi muito popular na época.
A clarividência e os poderes psíquicos sempre fascinaram o
público em geral. Mas, na altura, tal como agora, isso era considerado algo sem
sentido pelos cientistas da corrente dominante.
“Às vezes, eu acreditei em seis coisas impossíveis antes do
pequeno-almoço” confidencia a Rainha Branca a Alice.
Quando antes interessavam apenas aos caçadores de fantasmas
e à ridicularizada ciência da parapsicologia, “os cinco grandes”: precognição,
telepatia, clarividência, psicocinese e cura (conhecidas no seu conjunto como
“psi”), são agora alvo de atenção pelo grosso da comunidade ligada à psicologia
e à neurociência.
América do Oculto
Tocou vidas tão díspares como as de Frederick Douglass [NT:
abolicionista e escritor norte-americano], Franklin Roosevelt e Mary Todd
Lincoln – que uma vez convenceu o seu marido, Abe [NT:presidente
norte-americano durante o período da Guerra Civil], a acolher uma sessão na
Casa Branca. Estes norte-americanos estavam entre as figuras famosas
cujos caminhos se entrelançaram com o movimento místico e esotérico amplamente
conhecido como do oculto.
“Algo desconhecido”
Renée Scheltema |
A realizadora holandesa Renée Scheltema lançou um
documentário sobre parapsicologia. O seu
colega e pesquisador de assuntos psíquicos desde há largo tempo, Charles Tart,
autor de “The End of Materialism” fez uma crítica ao filme:
“Eu finalmente vi o resultado dos esforços de Renée, um DVD
do seu esforço talentoso em “Something Unknown is Doing We Don´t Know What” [NT:Algo desconhecido está a fazer não sabemos o quê] e
estou muito satisfeito.”
“Este é provavelmente o melhor filme educativo sobre
parapsicologia e suas implicações já alguma vez feito. Se querem ver e ouvir
muitos dos cientistas mais criativos a pesquisarem nesta área, e descobrirem o
que sabemos, então eu não poderia recomendar este filme de forma mais
enfática!”
Vendo a dobrar
Localizada nos terrenos do Castelo de Guildford num jardim amurado por trás de um relvado de bowling, a escultura de Alice está perto da casa que Lewis Carroll arrendou, e foi criada pelo escultor Jeanne Argent.
Lewis Carroll (1832-1898) foi na vida real professor de Matemática de Oxford (1855-1881), o Reverendo Charles Lutwidge Dodgson, ou para alguns dos seus jovens amigos que o conheceram pessoalmente, Sr. Dodgson.
Estátua de Alice |
Na próxima semana será carregada a 2ª parte de "Conhecendo o astral."
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