Com este post termina a tradução de "Conhecendo o astral", da autoria de Odin Townley, o responsável pelo blog Theosophy Watch.
Um problema difícil
Concordando com a Rainha Branca, sugeriríamos que a Consciência
por si só merece especial atenção.
A omnipresente existência da Consciência e a necessidade da mesma, permanece como o mistério por resolver mais singular e duradouro de todos os tempos.
A Consciência deve estar presente para potenciar outros
efeitos, como a ignição electrónica num motor automóvel. De outra forma, só
existe o motor com as velas de ignição, sem faísca eléctrica para ligá-lo.
A força mestra da Consciência, qualquer que seja a sua
verdadeira natureza, é auto-evidente e inegável.
O verdadeiro Ser
O enigma da Consciência é capturado de forma magistral pelo
pioneiro do pensamento Peter Russell, e H. P. Blavatsky escreve de forma
semelhante em “Psychic and Noetic Action”, que:
“O fenómeno da consciência humana deve ser olhado como
actividade de outra qualquer forma do verdadeiro Ser mais do que moléculas em
movimento no cérebro.” (mencionados na ciência de hoje como as rede neuronais
[NT: neurais, no português do Brasil].”
“O conclave de psico-fisiologistas,” Blavatsky diz, “pode
ser desafiado para definir correctamente Consciência.”
Blavatsky insistia que “o que a Consciência é, nunca pode
ser algo definido psicologicamente. Nós podemos analisar e classificar o seu
trabalho e efeitos,” garantia ela, mas “nós não podemos defini-la a menos que
nós postulemos um Ego [alma, mente] distinto do corpo.”
Antigos Videntes
As tradições da sabedoria perene estão hoje vivas na
Teosofia. Este conhecimento não teve origem nos livros, mas começou com as
visões de gerações incontáveis de videntes iniciados. Estes eram todos antigos
Adeptos, perdidos para a história, que foram capazes de olhar directamente para
a “alma das coisas”.
Levitação
Visão cintilante
A Doutrina Secreta completa foi descrita como, “a Sabedoria acumulada das Eras”, dizia H.P. Blavatsky, e tudo o que poderia ser dito “não caberia em 100 volumes” (vol. 1, pág. XXII, no original em inglês) [NT: pode conferir aqui a p. 14 da nova tradução para português que está a ser feita por Carlos Cardoso Aveline].
“A visão cintilante daqueles Iniciados penetrou no próprio
âmago da matéria, descobriu e perscrutou a alma das coisas.”
“O comum profano, por mais arguto que fosse, não teria
percebido senão a tessitura externa da forma”, escreve ela, acrescentando: “mas
a ciência hodierna não crê na ‘alma das coisas’, e por isso rejeitará todo o
sistema de cosmogonia antiga.”
Anjo da guarda
Os Iniciados
“É inútil dizer que tal sistema não é o fruto da imaginação
ou da fantasia de um ou mais indivíduos isolados” escreve Blavatsky, mas sim o
produto de “anais ininterruptos de milhares de gerações de videntes, cujas
respectivas experiências têm concorrido para verificar e comprovar as tradições transmitidas oralmente de uma raça primitiva a outra acerca dos ensinamentos de Seres superiores e excelsos que velaram sobre a infância da Humanidade.”
“Os ensinamentos da Doutrina Secreta são anteriores aos
Vedas”, afirmava Blavatsky, “e uma grande parte deles foram transmitidas
oralmente por grandes génios da antiguidade.”
Todos estes grandes instrutores partilhavam a mesma mente, ensinamento e tradição não obstante a diferente cultura, língua e costumes do grupo da humanidade em que cada um deles encarnou para servir.
As verdades foram periodicamente apresentadas à humanidade
pelos homens sábios em diferentes paragens: Apolónio [de Tiana], Hermes, Orfeu, Platão, Pitágoras, Krishna, Buda, Lao Tsé, Jesus e muitos outros, de grau e estado de desenvolvimento variados.
Profecia
“Ninguém que se descreva a si mesmo como um “erudito
académico” em qualquer departamento das ciências exactas terá permissão para
levar a sério estes ensinamentos,” profetizou Blavatsky, “eles serão
ridicularizados e rejeitados a priori
neste século; mas só neste século, porque no século vinte da nossa era os
eruditos académicos irão começar a reconhecer que a Doutrina Secreta não foi
inventada nem exagerada, mas, ao contrário, apenas esboçada; e, finalmente, que
os seus ensinamentos são anteriores aos Vedas.”