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sexta-feira, 9 de março de 2012

A importância dos planetas no ser humano


Muito recentemente tive oportunidade de ouvir uma interessante conferência que abordava a relação entre Astrologia e alguns princípios da Teosofia. A conferência realizou-se nas instalações da Loja Unida de Teosofistas de Bangalore (Índia),  subordinada ao tema “Influências planetárias e o destino do ser humano”. Sublinhe-se que as Lojas que são responsáveis pelo site www.ultindia.org, produzem um trabalho teosófico altamente meritório, alojando aquele endereço electrónico um grande número de publicações, conferências e ainda uma revista mensal de grande qualidade chamada “The Theosophical Movement”. Tudo isto está disponível de forma gratuita.

Mas o tema deste post é mesmo a conferência acima mencionada. Com uma duração próxima de 50 minutos, recomendo a sua audição na íntegra. Mas para aqueles que não puderem ou não o quiserem fazer, sumarizo por pontos as ideias transmitidas pelo palestrante.

* Várias civilizações usaram diferentes formas de divinação como meio de previsão. A Astrologia é uma delas e existem diferenças entre a Astrologia védica (que é a mais praticada na Índia), a chinesa e a ocidental, por exemplo.

* Existem, como se sabe vários tipos de Astrologia: natal, mundana (para nações, guerras, etc..), atmosférica, horária, etc... Todo o universo está ligado.Em  “A Chave para a Teosofia”, Blavatsky diz que a Astrologia é apenas um ramo do ocultismo. Tem regras bem definidas na qual assenta. Em “Isis sem Véu”, HPB refere que a Astrologia é tão infalível como a Astronomia, mas quem a interpreta tem de ser também infalível. A Psicologia está para a Fisiologia, como a Astrologia para a Astronomia.

* As combinações são imensas entre posições e aspectos dos planetas num horóscopo, pelo que é difícil encontrar dois mapas iguais.

* Todo o processo de transformação do centro de energia da formação do mundo está ligado ao karma.

* Não são os planetas que trazem os problemas, mas sim nós próprios. É apenas o karma cumulativo que geramos nas nossas vidas anteriores e na nossa vida presente. Não temos que nos submeter aos planetas, nem tentar fazer magias e ofertórios.

* Conhecimento arcano mal usado é feitiçaria, bem usado é magia branca. A posição dos planetas é como um relógio, apenas indica as horas. Os planetas não nos controlam.

* O astrólogo pode apenas prever o resultado agregado que resulta das combinações e fazer previsões de forma vaga.

* O karma é uma lei que tenta restaurar o equilíbrio. Assim, um ritual para atenuar os efeitos de um mau aspecto, provavelmente poderá dar maus resultado. O Karma não está sujeito ao tempo.

* Se não houvesse karma, não haveria estrelas, dizia William Quan Judge.

* As previsões astrológicas podem criar ansiedade. Recomenda-se a tranquilidade, baseada na aceitação da lei do karma. Venha o que vier, é o karma.

* Astrologia é uma ciência perfeita, matemática. Dá-nos a forma como nos devemos guiar para a vida seguinte. Somos os criadores do nosso próprio destino e não há ritual que mude isso.  Há que tomar responsabilidades das nossas acções e pensamentos, e afastar o medo, pois isso é o primeiro sinal que desconfiamos da lei do karma.

Alguns astrólogos são bastante críticos da influência da Teosofia como suporte para explicar porque a Velha Arte funciona. Esquecem-se do papel que a Teosofia teve no reavivar deste ramo do ocultismo que atravessou moribundo praticamente todo o século XIX. Será discutível assegurar que o que Blavatsky deixou escrito sobre Astrologia (e que pode ser encontrado numa compilação com anotações da responsabilidade de Henk J. Spierenburg, denominada "Astrology of a Living Universe)" é suficiente para criar um corpo teórico que sirva de fundamentação à Astrologia. 

À medida que aprofundo os meus conhecimentos na Velha Arte, vou meditando sobre o assunto e espero um dia encontrar uma resposta a esta questão.




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