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sábado, 4 de abril de 2015

A Ciência e as evidências sobre a existência da alma (1ª parte)


Há dias deparei-me no Facebook com um simples e interessante texto que resume parte do que se tem feito no domínio da ciência para provar a reencarnação e a existência de algo que sobrevive à morte.

O texto é generalista e foi escrito por um não teosofista, de nome Steven Bancarz, editor do site Spirit Science and Metaphysics. Segue-se a tradução:




Muitas pessoas são resistentes à ideia de “alma” porque atualmente este termo está enredado em dogma e superstição religiosa. Algumas pessoas pensam que é uma completa parvoíce. Contudo, o conceito de uma consciência capaz de se desprender do corpo oferece bastante poder explicativo no que respeita a fenómenos como as Experiências de Quase Morte, Experiências fora do corpo, projeções astrais e até a reencarnação.

De facto, a prova da reencarnação é a melhor e mais forte prova da existência de uma alma. Esta é uma afirmação ousada, mas a evidência da reencarnação é inegável e não pode ser atribuída coletivamente ao acaso ou a qualquer outra explicação física. Se a reencarnação existe, a alma existe. Senão, vejamos.

Antes de explorarmos as evidências, é útil recordar que não precisamos de PROVAS irrefutáveis que sirvam de justificação para acreditar seja no que for. Se o meteorologista disser que existe 70% de probabilidade de aguaceiros, não preciso de prova que vai chover para então levar o guarda-chuva comigo. Não preciso de ter a certeza que um meteoro não vai cair na minha cabeça para sair de casa. Não preciso de provas científicas irrefutáveis sobre vida extraterrestre para acreditar que a vida existe noutros planetas, porque existem tantas e boas razões para que consideradas cumulativamente, forneçam uma explicação plausível para acreditar na vida noutros planetas. Isto é conhecido como “abdução” [NT: ver aqui uma explicação sobre esta expressão] e é o tipo de raciocínio que mais vezes usamos no nosso quotidiano.

A reencarnação não é algo que possa ser medido objetivamente do mesmo modo que medimos uma reação química, pelo que, pode, à partida, não ser possível provar usando o método científico. A ciência é a medição empírica do mundo natural e a alma é algo que existe para lá do mundo natural. Portanto a questão é: “existem suficientes peças sólidas de provas, que consideradas em conjunto possam fornecer uma explicação plausível para a reencarnação? Julgo que a resposta é um rotundo sim. Atentemos:

O Dr. Ian Stevenson, antigo professor de Psiquiatria na Escola de Medicina da Universidade da Virgínia, levou 40 anos a investigar histórias de reencarnação com crianças. Este antigo diretor do Departamento de Psiquiatria e Neurologia investigou mais de 3 000 relatos independentes de crianças que alegavam ter memórias e conhecer pessoas das suas supostas vidas passadas. De acordo com Stevenson, o número de casos passíveis de ser levados em conta é de tal modo elevado que excedeu a capacidade dele e da sua equipa serem capazes de investigá-los na sua totalidade.




O software de reconhecimento facial confirmou que existiam de facto semelhanças faciais com as alegadas reencarnações anteriores reportadas. Alguns tinham marcas de nascença onde alegadamente tinham sofrido feridas fatais na sua vida passada. Muitas vezes existiam lesões impressionantes e às vezes bizarras, tal como dedos malformados ou falta de membros, cabeças deformadas e outras marcas estranhas. Como escreve o Dr. Stevenson no seu artigo ““Birthmarks and Birth Defects Corresponding to Wounds on Deceased Persons” [Marcas e defeitos de nascença que correspondem a feridas de pessoas falecidas] no Journal of Scientific Exploration:

“Cerca de 35% das crianças que alegam se recordar de vidas passadas têm marcas de nascença e/ou defeitos de nascença que atribuem (ou os adultos informantes) a feridas numa pessoa de cuja vida a criança se lembra. Os casos de 210 dessas crianças foram investigados. As marcas de nascença eram habitualmente áreas de pele sem pelos e enrugadas; noutros casos áreas sem ou com pouca pigmentação (máculas hipocrómicas) e ainda noutras situações áreas de pigmentação excessiva (nevos hiperpigmentados).

Os defeitos de nascença eram quase sempre de tipo raro. Em casos nos quais era identificada uma pessoa falecida e os detalhes da respetiva vida coincidiam inequivocamente com as afirmações da criança, era quase sempre encontrada uma correspondência próxima com as marcas e/ou os defeitos de nascença na criança e as feridas da pessoa falecida. Em 43 dos 49 casos nos quais um documento médico (habitualmente um certificado de óbito) era obtido, confirmava-se a correspondência entre as feridas e as marcas de nascença (ou defeitos de nascença).”

As memórias das crianças eram demasiado específicas para serem fruto do acaso. Num artigo no qual três casos foram analisados em grande detalhe pelo Dr. Stevenson, ele declarou que cada uma das três crianças fez cerca de 30-40 alegações relativas a memórias que tinham de vidas passadas, 82-92% das quais eram simultaneamente verificáveis e corretas. As particularidades e os detalhes específicos dados pelas crianças iam desde os nomes, personalidades e ocupações dos seus antigos pais e irmãos, às disposições precisas das casas onde viviam. Não era raro para Stevenson encontrar uma criança que pudesse ir a uma vila onde nunca tivesse estado antes e dar os detalhes da vila, dos antigos pertences pessoais, a vizinhança onde viveu numa vida passada e as pessoas com as quais se juntava.

Ele conclui: “Era possível em cada um dos casos encontrar uma família que tivesse perdido um membro cuja vida correspondia às declarações da criança. As suas afirmações, consideradas no seu conjunto, eram suficientemente específicas para não corresponderem à vida de uma qualquer outra pessoa. Acreditamos que excluímos a transmissão normal de informação correta às crianças ou que elas obtiveram a informação correta que expuseram sobre a respetiva pessoa falecida através de algum processo paranormal.”

Continua na próxima semana.

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